sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

MERCADO MUNICIPAL DE TAUBATÉ: CORES, AROMAS E COSTUMES DA HISTÓRIA CULTURAL BRASILEIRA






Fernanda Toffuli (texto)

Cássio Ribeiro (fotos)


Quem passa pelo Mercado Municipal de Taubaté SP, no Vale do Paraíba paulista, muitas vezes, não nota a história rica e cheia de detalhes que se esconde atrás das bancas, das pessoas, dos aromas e dos sons, sendo que tudo isso se iniciou há muito tempo, na época em que Taubaté ainda não era considerada uma cidade.










Com a passagem das bandeiras, que eram formadas pelos desbravadores do Brasil colônia – os bandeirantes paulistas - pelo Vale do Paraíba, a região do tanque em Taubaté foi drenada e ficou sendo ponto de encontro dos mercadores vindos de outras regiões para comercializarem os produtos. 



As várias expedições ou bandeiras partiam da pequena Vila de  São Paulo, que, na época, possuía apenas algumas centenas de habitantes. 


Seus integrantes, chamados de bandeirantes, como os pioneiros Jacques Felix, Fernão Dias e Domingos Jorge Velho (à esquerda na ilustração acima) eram mestiços de  portugueses com índios e utilizavam os caminhos milenares abertos pelos indígenas, além de suas técnicas de sobrevivência nos desconhecidos lugares que desbravavam.




As principais atividades iniciais dos bandeirantes foram, de bacamartes em punho, a ampliação das fronteiras do que hoje se chama Brasil e a caça e captura de índios nos sertões de São Paulo e Minas Gerais.


Na região de Taubaté, onde hoje fica o Mercado Municipal, eram vendidos e trocados índios como escravos e muitos tipos de mercadorias, tudo isso na segunda metade do século 17, lá pelos anos mil seiscentos e alguma coisa. Era o período em que ocorria a formação e a consolidação das origens culturais brasileiras.




Hoje, a antiga região do tanque tem o nome de “Largo do Mercado”.


“Ali, entre as pessoas conversando, se tem o maior negócio de gado vivo feito na região; ali as pessoas conversando perto das pastelarias estão vendendo cinquenta cabeças de boi, então você tem dentro do mercado as almas que se movem, e, ele passa a ser um ponto turístico, tendo características próprias, e estando presente nos momentos de alegria e tristeza das pessoas”, observa o professor de literatura brasileira e portuguesa da Universidade de Taubaté (UNITAU), senhor Carlos Roberto Rodrigues.











Com o passar do tempo, o fluxo de mercadorias aumentou tanto em Taubaté como nas outras cidades da região do Vale do Paraíba, sendo que a economia do município taubateano começou a girar em torno do mercado. 









Atualmente, os feirantes têm uma associação que os beneficiam, tanto para reivindicar direitos, como para promover os produtos e os preços do mercado.




Socialmente, o mercado ainda é a mistura de gerações e ainda permanece como ponto de encontro de conversas e troca de experiências, sendo que a grande maioria das bancas são passadas de pai para filho, perpetuando a história e gerando ainda grande parte da economia local.



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