domingo, 11 de novembro de 2012

MULHERES DE ONTEM, HOJE E SEMPRE






Por Cássio Ribeiro

Como diz o ditado popular: "Por trás de um grande homem, sempre há uma grande mulher". Foi assim com Olga Benário e Luiz Carlos Prestes, Juan Domingo e Evita Perón, Jaqueline Onassis e John Kennedy, além de Lampião e Maria Bonita.



Seja no início dos relatos bíblicos, com Adão e Eva, ou dividindo os pequenos corredores e cubículos da Estação Espacial Internacional na órbita da Terra atualmente, as mulheres sempre estiveram ao lado dos homens contribuindo de alguma forma para a preservação e a evolução da espécie, percorrendo assim um longo caminho de conquistas, realizações e valorizações.



No início da ocupação do homem sobre a Terra, a mulher contribuía de forma submissa, cuidando dos indivíduos menores e dos jovens. Elas viviam em grupos e trocavam experiências do dia-a-dia, enquanto que os homens mais fortes iam caçar e guerrear. 



Essas atividades distintas, claramente atribuídas e desempenhadas no período primitivo, influenciaram no desenvolvimento diferente das atividades sensoriais e no funcionamento cerebral de homens e mulheres. 







O homem, como precisava achar e perseguir a caça à distância, desenvolveu um campo visual de procura e localização mais longitudinal e em forma de túnel. A mulher, como precisava ficar atenta às mínimas ameaças para as crias dentro das cavernas, desenvolveu seu campo visual de procura mais periférico e próximo, quase numa abrangência de 180 graus; como mostra, baseado em pesquisas, o livro ‘Por Que os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor’ de Allan Pease e Bárbara Pease.



A contribuição da mulher nos tempos primitivos, embora sem atuação bélica, favoreceu, e muito, a preservação da espécie humana até os dias atuais. Elas colhiam os frutos e logo descobriram que as sementes davam origem a novos exemplares da mesma planta. 



Assim, surgiu o cultivo e a propriedade privada. Nos tempos primitivos, a mulher quase não menstruava, pois praticamente não havia intervalo entre uma gravidez, a amamentação e a próxima gravidez.



Numa versão tupiniquim da mulher primitiva, foram relatados pelo navegador espanhol Francisco de Orellana pela primeira vez, em 1541, episódios que deram origem a ‘Lenda das Amazonas’ — a (sem) + mazos (seios). 




As Amazonas seriam uma tribo de índias guerreiras que retiravam um dos seios, ou os dois, para manusearem melhor as armas, montadas sobre cavalos às margens do Mar Dulce, atual Rio Amazonas, que, assim como o Estado, foi batizado com o nome das guerreiras que só admitiam homens na tribo para uma rápida cópula. Se nascessem meninas, ficavam e aprendiam o ofício da guerra com as mães. Os meninos eram enviados para as tribos dos pais. 



 Ilustração das Amazonas
 



Na história das participações sociais e políticas da mulher, foi Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945, quem primeiro estabeleceu benefícios às mulheres no Brasil; como o direito ao voto e a igualdade trabalhista. Porém, a estrutura de submissão das cavernas permaneceu na instituição social ocidental do matrimônio até a geração que nasceu antes da década de 60. 



Até essa época, mulher desquitada, que fumasse ou que tivesse tatuagem no corpo, era considerada meretriz. Essa estrutura de submissão permanece atualmente em algumas culturas que se orientam pelo livro sagrado do Islamismo, o Alcorão.



A década de 1960 marcou profundas transformações no mundo: ida do homem à Lua, primeira transmissão de TV ao vivo via satélite, lançamento do topless, confronto entre Comunismo e Capitalismo pelo mundo, Guerra do Vietnã, Muro de Berlim, primeira mulher enviada ao espaço pela União Soviética em 19 de junho de 1963 e a Ditadura Militar no Brasil e em diversos países América do Sul.




Eram os anos de chumbo repletos de manifestações e festivais. De Woodstock ao Movimento Feminista que começava a ganhar força, baseado na idéia de que a sociedade era organizada com referências patriarcais e que, por isso, o homem receberia vantagens sobre a mulher, que acabava sofrendo preconceitos profissionais, sociais e pessoais.



O Movimento Feminista tem uma de suas primeiras manifestações antes do século 19, na publicação do livro "Em Defesa dos Direitos da Mulher", de Mary Wollstonecraft.



Essa primeira corrente foi chamada de 1ª onda. A explosão do Movimento na década de 1960 foi chamada de 2ª onda e, atualmente, existe a 3ª onda; mas cada uma é a redescoberta da fase anterior, e aproveitou suas características principais e suas reivindicações.




Um dos principais ícones do feminismo atual, ou 3ª onda, destacou-se na década de 1980. A "Dama de Ferro" Margaret Thatcher foi eleita primeira ministra inglesa pelo Partido Conservador, em 1979. 




Thatcher promoveu a consolidação do neoliberalismo, reduzindo por meio de privatizações, os controles estatais. Desestabilizou também os sindicatos e o Socialismo inglês com pulso firme e autoritarismo, características suas desde a adolescência. 




 A Dama de Ferro Margaret Thatcher






Já no cenário político brasileiro atual, a mineira de Belo Horizonte Dilma Rousseff representa a participação ativa da mulher na luta política brasileira.






Tachada como terrorista pela Direita Brasileira nos tempos em que integrava a militância política da resistência Comunista à Ditadura Militar nas décadas de 60 e 70, ...








a Presidenta Dilma é hoje a mulher mais poderosa do Brasil





Também no futebol, com merecido destaque para as brasileiras, a mulher mostra sua competência, sua força e seu balé.







  "Bailarinas" da Seleção Brasileira: Marta, escolhida pela FIFA por 5 vezes como a melhor do mundo, ...






e Maurine, a sex simbol da Seleção ...






sempre simpática e graciosa





É oportuno lembrar também que, embora nossas jogadoras da Seleção sejam famosas em todo o Mundo, uma das mulheres mais famosas da história do futebol brasileiro é a carioca Rosenery Mello, que soltou um sinalizador marítimo no Maracanã durante o jogo entre Brasil e Chile, em 1989, válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1990. O artefato serviu para o goleiro chileno Roberto Rojas simular um ferimento.



O sinalizador caiu enfumaçando no gramado perto do goleiro chileno, que aproveitou para cortar o próprio supercílio com um pequeno estilete que carregava escondido na luva. 




Os chilenos saíram de campo, abandonando a partida quando o placar marcava 1 x 0 para a Seleção Brasileira. A farsa foi descoberta, o Chile suspenso de competições da FIFA por 8 anos e Rojas banido do futebol. Rosenery virou a celebridade Rose Fogueteira e acabou posando para as páginas da Revista Playboy, abaixo:





 Pivô da farsa armada pela Seleção Chilena no Maracanã, em 1989,  Rosenery faleceu vitimada por aneurisma cerebral aos 45 anos, em 4 de junho de 2011




Hoje, assim como acontece profissionalmente no futebol, as mulheres estão em quase todos os ramos de atividade profissional, inclusive nos militares. 


Atiram, marcham e carregam mosquetões de 5 quilos nas costas durante os acampamentos, além de, assim como os homens, rastejarem sobre a lama e participarem dos exercícios com cordas do tipo falsa baiana.


 
As primeiras mulheres ingressaram nas forças armadas em 1982. Primeiro na Marinha e, no mesmo ano, meses depois, na Aeronáutica em um curso realizado em Belo Horizonte. Em 1998, a cidade de Guaratinguetá recebeu as primeiras alunas num curso pioneiro que durou 6 meses (1º EAGS)  na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAr).


O detalhe da perfeição de uma tropa feminina da EEAr em forma ...
 




 e alunas do curso de Cartografia da mesma Escola



A partir de 2002, elas chegaram na EEAr para o Curso de Formação de Sargentos (CFS), realizado em um ano e meio na época e, atualmente, se estendendo por 2 anos de internato semanal.





Sempre em conjunto, homem e mulher, mulher e homem, formaram e formam as cenas da vida. 


 
Seja na administração ou nos cuidados com a caverna, dando apoio aos seus companheiros primitivos; ou de armas em punho nos acampamentos militares e nas patrulhas noturnas na selva, a grande mulher atual não está somente por trás dos grandes homens; surge ao seu lado em igualdade de condições sociais e políticas. 




Nada mais justo para quem é capaz de gerar vida em seu íntimo, moldando assim, os grandes homens; escrevendo, com a esfericidade de suas barrigas, a história da perpetuação da humanidade.





Às vezes, também nos pregam algumas peças, como a famosa "Grávida" de Taubaté

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