Por Cássio Ribeiro
Os holandeses só se fixaram à força no Brasil, e
ficaram por aqui colonizando o Nordeste de nosso país durante 24 anos,
devido a alguns acontecimentos históricos que acabaram transformando os
antes principais aliados comerciais de Portugal, em inimigos que
travaram grandes batalhas pelo domínio da Bahia, Pernambuco, Maranhão e
Rio Grande do Norte.
Os
holandeses participavam ativamente do transporte da cana produzida nas
colônias portuguesas, como também do seu refino e a comercialização do
produto final no rendoso mercado europeu. A Espanha dominava o que hoje
são os Países Baixos (Holanda e Bélgica), regiões da Itália (Sardenha,
Nápoles e Sicília), além de colônias nas três Américas, na África e no Oriente.
Em
1578, o rei de Portugal Dom Sebastião morreu na Batalha de
Alcácer-Quibir, na África, onde os portugueses foram derrotados pelos
Árabes. Dom Sebastião não tinha filhos e, por esse motivo, seu tio-avô, o
já idoso Cardeal Dom Henrique, assumiu o trono português. Dom Henrique
morreu dois anos depois, em 1580, deixando novamente sem dono a Coroa
Portuguesa.
Surgiram
vários pretendentes querendo ocupar a posição de rei de Portugal, entre
eles, figuravam em destaque os dois principais candidatos, que eram o
poderoso rei da Espanha, Felipe II, e um certo Dom Antônio, unânime
preferido do povo português. O rei Dom Henrique, em seu leito de morte,
não quis coroar Dom Antônio, facilitando o caminho para que o rei
espanhol Felipe II passasse também a ser o rei de Portugal.
Pouco antes do rei Dom Henrique morrer, o povo português cantava o seguinte corinho nas ruas: “Viva el-rei Dom Henrique, no inferno muitos anos, por deixar em testamento, Portugal aos castelhanos”.
Felipe II chegou ao trono português porque era neto, pelo lado materno, do rei português Dom Manoel, conhecido também como O Venturoso. Pelo lado paterno, Felipe II descendia da casa real da Áustria, ou família Habsburgo, que realizou uma série de casamentos no século 16 visando interesses políticos. Dessa forma, os Habsburgo conseguiram reunir um imenso território que abrangia porções de terra em todos os continentes. Com a nomeação de Felipe II para ocupar o trono lusitano, Espanha e Portugal formaram a União Ibérica (1580 – 1640), dominada pela Dinastia Filipina.
O poderoso rei espanhol Felipe II, que acabou anexando Portugal por meio da União Ibérica,
e
o escudo de sua família real, os Habsburgo, que dominou regiões em todo
o Globo. No brasão, é possivel observar em sua parte superior, o leão
holandês, o Brasão de Portugal, as águias germânicas e a bandeira da
casa real da Áustria, além de símbolos de outros territórios do imenso
reino de Felipe II
A Holanda, que também era dominada pela dinastia
Filipina, declarou-se independente em 1581. Em represália, Felipe II
proibiu todas as relações comerciais entre os holandeses e as colônias
espanholas e portuguesas em todo o mundo, incluindo o Brasil.
Essa
medida representou um forte golpe na economia holandesa, baseada em
grande parte nas relações comerciais com a colônia brasileira. Para a
nova classe social dominante holandesa, formada pelos ricos comerciantes
de Amsterdam que ascenderam ao poder depois que a Holanda se libertou da
Espanha, a principal prioridade foi recuperar o domínio do monopólio
comercial do açúcar produzido no Nordeste Brasileiro.
Foi
nesse cenário que aconteceram as invasões holandesas no Brasil. Muitos
historiadores consideram como a primeira tentativa de invasão holandesa
no Brasil, a investida da expedição do almirante Olivier Van Noort, que
em 1599, ao passar pelos arredores da entrada da Baía da Guanabara, na
então Capitania do Rio de Janeiro, pediu apoio para obter suprimentos
frescos e higienizar seus 4 navios, já que enfrentava um surto de
escorbuto entre sua tripulação de 248 homens.
O governo da
Capitania do Rio de Janeiro, obedecendo as ordens da metrópole
luso-espanhola, não permitiu a aproximação dos quatro grandes navios
holandeses, que foram repelidos por tiros de canhão da artilharia da
Fortaleza de Santa Cruz da Barra.
Os
holandeses comandados por Van Noort só conseguiram atracar mais ao sul,
na praticamente deserta Ilha Grande/RJ, onde puderam finalmente
higienizar suas embarcações.
O holandês Olivier Van Noort, que deu a
volta ao mundo e enfrenttou um surto de escorbuto entre seus homens,
quando passava pelo litoral do RJ, em 1599
A Holanda era uma das potências marítimas das Grandes Navegações nos séculos 16 e 17
Partiram do RJ e, já em 6 de fevereiro de 1600,
cruzaram o Estreito de Magalhães e navegaram pelo oceano Pacífico, ao
longo das costas do Chile e do Peru, onde saquearam e queimaram várias
embarcações, algumas espanholas inclusive.
Depois de cruzarem todo o
Pacífico, chegaram às Filipinas, onde afundaram umas das principais
embarcações espanholas da época, o galeão mercante San Diego, que
naufragou pesando trezentas toneladas. Os destroços do navio foram
encontrados em 1995, ainda carregados com um imenso tesouro em moedas de
ouro e peças de porcelana.
Os holandeses ainda saquearam as
Filipinas e visitaram Java, antes de contornarem o Cabo da Boa
Esperança, no Sul da África, e seguirem de volta para a Europa.
Atracaram finalmente de volta a Roterdã, em 26 de agosto de 1601, só com
um dos quatro navios iniciais, tripulado apenas por 45 sobreviventes
dos 248 integrantes que começaram a expedição em 1598. Alguns
historiadores atribuem a Olivier Van Noort a descoberta da Antártida
nesta viagem.
A primeira invasão oficial holandesa no Brasil
aconteceu em 1624. A poderosa Companhia das Índias Ocidentais, criada
pela rica classe de comerciantes holandeses para dominar as colônias
espanholas nas Américas, preparou uma imensa e poderosa esquadra para
atacar a Bahia, porém, a notícia sobre os planos da invasão chegaram ao
Brasil muito antes do fato acontecer.
O
governador geral da Bahia, Diogo de Mendonça Furtado, tentou organizar
uma resistência antecipada, mas a demora da chegada dos holandeses fez
os preparativos para a defesa serem negligenciados.
Em
9 de maio de 1624, 26 navios comandados pelo holandês Jacob Willekens,
com 1700 soldados e 1600 tripulantes abordo, entraram na Baía de Todos
os Santos e tomaram Salvador em menos de 24 horas, diante de uma modesta
e inútil tentativa de resistência. Muitos dos soldados portugueses que
defendiam a costa brasileira abandonaram os combates na ocasião. Os
holandeses tomaram 8 navios e atearam fogo em outros 7.
O
governador Diogo de Mendonça Furtado foi preso e embarcado para a
Holanda. Os portugueses, mesmo com a ocupação Holandesa, fizeram questão
de não reconhecer a perda do território. Dom Marcos Teixeira, então
quinto bispo do Brasil, foi nomeado pelos portugueses como o novo
governador da Capitania invadida.
Dom
Marcos organizou a resistência contra os invasores. Como as forças
portuguesas e brasileiras não tinham condições de travar uma batalha
frontal com os holandeses, foi adotada a tática de emboscadas.
O emprego
do fator surpresa nos ataques possibilitou sucesso aos defensores
locais. Morreram os holandeses Johan Van Dorth, comandante dos soldados
invasores, e seu sucessor, Willem Schouten. Salvador passou a ser um
cenário de confinamento para os holandeses completamente cercados. Os
suprimentos chegavam pelo mar.
Em 1625, no fim de março, a
Espanha enviou 52 navios ao Brasil (30 espanhóis e 22 portugueses), com
cerca de 13 mil homens. Os holandeses foram obrigados a assinar a
rendição. O governante holandês Hans Kijff aceitou as condições
impostas: entrega da cidade de Salvador com toda artilharia, armas,
munições, bandeiras e navios que estavam no porto; entrega de todo
dinheiro, ouro, prata, jóias e escravos que estivessem na cidade ou nos
navios; restituição de todos os prisioneiros; exigência de que os
vencidos não lutariam contra a Espanha até chegarem à Holanda. Aos
holandeses, foram prometidos navios, armas e mantimentos suficientes
para o retorno à sua pátria.
A
derrota na invasão da Bahia gerou imenso prejuízo aos cofres da
Companhia das Índias Ocidentais, porém, as vultosas perdas econômicas
foram compensadas quando o almirante holandês Pieter Heyn aprisionou uma
esquadra espanhola com um dos maiores carregamentos de prata da
História, durante viagem entre o México e a Espanha.
Todo o
lucro obtido foi investido para financiar uma nova expedição invasora ao
Brasil. O alvo foi a Capitania de Pernambuco, que era o maior centro
açucareiro do Brasil Colônia.
O
governador de Pernambuco, Matias de Albuquerque, preparou suas forças
para resistir aos invasores, apenas com os recursos existentes em
Pernambuco na época. A tropa de defensores era formada por apenas 27
soldados. Em 14 de fevereiro de 1630, uma esquadra de sessenta
embarcações holandesas, com um total de 7 mil homens, chegou para
colonizar Olinda.
Foram
enviados reforços portugueses e espanhóis para a região. O governador
Matias de Albuquerque tentou resistir em Recife, dando a ordem para
queimar os armazéns e os navios que se encontravam no porto. Mesmo
assim, Recife também foi dominada pelos holandeses.
A aproximadamente
seis quilômetros de Recife e Olinda, foi edificado um foco de
resistência batizado de Arraial do Bom Jesus. Do local, partiam
combatentes que, usando as mesmas técnicas de guerrilha empregadas
anteriormente em Salvador, também conseguiram sitiar os holandeses em
Recife.
A
Espanha preparou uma esquadra para apoiar a resistência pernambucana. A
Holanda também enviou reforços ao Nordeste brasileiro para intensificar
a resistência. As duas forças navais se encontraram próximo à costa
brasileira, e o combate terminou empatado, com grande perda de homens
dos dois lados.
Ao
fim desta batalha, os holandeses incendiaram Olinda e recolheram-se
exclusivamente em Recife, onde permaneceram encurralados por dois anos,
impossibilitados de ampliar seus domínios pelas emboscadas
pernambucanas.
Os
holandeses já cogitavam a desocupação de Recife, quando Domingos
Fernandes Calabar, que até então havia lutado do lado pernambucano,
passou a integrar as tropas holandesas. Calabar conhecia os pontos
fracos da resistência pernambucana, como também todos os caminhos da
região onde ocorria a luta. Era o trunfo que os holandeses precisavam
para a virada nos rumos da batalha pelo rentável e valioso nordeste
açucareiro brasileiro.
O guerrilheiro mulato Domingos Fernandes Calabar, que mudou de lado, passando a apoiar a ocupação holandesa
Vitórias seguidas deram aos holandeses o controle
sobre a Vila de Igaraçu, o Forte do Rio Formoso e até o Arraial do Bom
Jesus, que era o quartel general da resistência portuguesa, e só foi
conquistado pelas forças da Holanda após três meses de cerco e intensos
combates.
A Espanha não enviou os
recursos que os pernambucanos precisavam para impedir a edificação dos
domínios holandeses. As forças defensoras de Pernambuco, formadas por
cerca de 8 mil homens entre portugueses, índios e até espanhóis,
recuaram para Alagoas. O holandeses só perderam a batalha de Porto
Calvo, mas com ela, também se foi seu maior trunfo, Domingos Fernandes
Calabar. Preso, Calabar foi enforcado e esquartejado alguns dias depois.
Calabar
finou-se, mas os holandeses agora eram os senhores absolutos de
Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Nessa região, a Companhia das
Índias Ocidentais idealizava a criação de uma imensa colônia de
povoamento, como ocorreu nos Estados Unidos. A capital da denominada
Nova Holanda seria a cidade de Recife.
Mapa do litoral nordeste brasileiro. A
região em rosa foi dominada pelos holandeses. É curioso notar que
algumas cidades da "Nova Holanda" tinham nomes diferentes daqueles que
foram dados pelos portugueses: Natal RN, se chamaria Nova Amsterdam; João
Pessoa PB seria Frederícia, e Aracaju possivelmente teria hoje o nome
de São Cristovão
Pintura que retrata o Recife histórico, ...
onde as caracerísticas marcantes da arquitetura holandesa são facilmente observadas, como nesse conjunto de fachadas que lembram os prédios históricos da capital Amsterdam
Recife é consederada patrimônio artístico nacional, e patrimônio histórico cultural da humanidade
Em 1637, a Holanda enviou outro grande reforço a Pernambuco. Várias
embarcações trouxeram o novo governador do Brasil Holandês. O conde João
Maurício de Nassau-Siegen teve seu nome escrito para sempre na História
do Brasil, graças ao melhor período da colonização holandesa por aqui,
ocorrido durante seu governo.
João Maurício de Nassau-Siegen,
administador holandes que idealizou a colonização inicial do Nordeste
brasileiro nos mesmos moldes daqueles adotados nas colônias que se
tornaram países ricos e desenvolvidos hoje em dia
Os territórios ocupados pelos holandeses tiveram
Maurício de Nassau como capitão-general, almirante das forças de terra e
de mar e governador. Nassau praticamente aniquilou a resistência dos
pernambucanos, venceu as forças portuguesas de Alagoas, e atacou o Ceará
e Sergipe. A Bahia só não foi ocupada outra vez porque seu governador,
Pedro da Silva, resistiu desesperadamente auxiliado pelas forças do
índio Antônio Felipe Camarão.
Em 1639,
enquanto a Espanha enviava cerca de 1200 soldados como reforço, que
desembarcaram no Rio Grande do Norte e percorreram cerca de 2400
quilômetros até a Bahia, Nassau e suas qualidades natas de administrador
firmavam o domínio holandês em quase todo o litoral do Nordeste
Brasileiro.
As guerras, porém, não permitiram que a Companhia
das Índias Ocidentais lucrasse com a produção de açúcar, já que o
conflito fez as produções dos engenhos caírem consideravelmente.
Os
holandeses passaram a investir na conquista econômica plena da região.
Maurício de Nassau estabeleceu ótimo relacionamento com os senhores dos
engenhos, ao oferecer facilidades para a produção e o comércio do
valioso açúcar.
Os fazendeiros também tinham interesse em manter o
funcionamento pleno de seus engenhos e comercializar facilmente seu
açúcar produzido. Nassau facilitou tudo isso, criado condições para
atender os interesses dos donos de engenho, concedendo-lhes créditos que
possibilitaram a compra e a reativação de engenhos abandonados.
As primeiras moedas brasileiras foram cunhadas pelos holandeses em Pernambuco, no século 17
Na gestão de Nassau, Olinda foi reconstruída e, em Recife, foram
erguidos os palácios de Friburgo e da Boa Vista, além de pontes,
hospitais e orfanatos. Era um rumo de administração bem diferente
daquele adotado pelos portugueses antes da ocupação flamenga.
Nassau
trouxe sábios, filósofos e estudiosos para desvendarem os segredos da
flora e da fauna brasileiras. Pintores famosos como Franz Post e os
irmãos Pieter também vieram e deixaram quadros que retratam a paisagem
brasileira da época. O primeiro observatório astronômico do Brasil
também foi construído no palácio de Friburgo.
A zona urbana de Recife no século 17, ...
assim como as riquezas da nova colônia, ...
foram retratadas nas obras dos mais famosos pintores holandeses da época, ...
trazidos por Nassau ao Nordeste Brasileiro para registrarem o cotidiano da "Nova Holanda", num tempo em que ainda não existia a fotografia
Apesar de protestante, como todos os holandeses, Nassau deu liberdade de culto religioso aos católicos e aos judeus, e garantiu a participação política de brasileiros e portugueses por meio das Câmaras Municipais nos moldes holandeses, chamadas de Câmaras do Escabinos.
Em 1640, o domínio espanhol sobre Portugal caiu, e a Dinastia de Bragança passou a governar um território português novamente independente. Portugal e Holanda assinaram um acordo de não agressão por 10 anos. Ainda assim, Nassau atacou o Maranhão e o incorporou aos territórios holandeses no Brasil.
Nassau era contra a política administrativa da Companhia das Índias Ocidentais, e não concordava com a imposição de juros altos e a cobrança rigorosa dos empréstimos concedidos aos senhores de engenho. Nassau acabou afastado do cargo de administrador da “Nova Holanda” e voltou para a Europa em maio de 1644.
Sua ida pôs fim ao melhor período da ocupação holandesa no Brasil. A administração posterior fez renascer o ódio dos moradores do litoral nordestino contra os invasores, devido às cobranças sem piedade das dívidas dos senhores de engenho. Quem não pagava, tinha seus bens confiscados pelos holandeses.
Nassau se foi e, um ano depois de sua partida, a reação contra o domínio holandês recomeçou em Pernambuco. Em 1645, João Fernandes Vieira, um dos mais ricos habitantes de Pernambuco, liderou a insurreição formada por brancos, negros, índios, brasileiros e portugueses, a fim de expulsar os invasores.
O governo português, respeitando o acordo de não agressão contra os holandeses, não ofereceu, pelo menos oficialmente, apoio aos revoltosos brasileiros. O primeiro combate importante, que marcou o início da virada no cenário do conflito, aconteceu no Monte das Tabocas, onde os holandeses foram derrotados. Os pernambucanos também venceram em Serinhaém, Nazaré e Porto Calvo.
Em 19 de abril de 1648, os pernambucanos venceram a primeira batalha dos Montes Guararapes. Os holandeses, cercados em Recife, voltaram a receber seus abastecimentos exclusivamente por meio de navios que vinham da Holanda.
Em 19 de fevereiro de 1649, os holandeses tentaram romper o cerco a Recife, mas foram derrotados novamente na segunda batalha dos Montes Guararapes. As lutas duraram quase cinco anos, e a situação dos holandeses só piorou, até culminar com a necessidade de rendição.
Pintura de óleo sobre tela de Victor Meireles, onde a batalha final e decisiva ocorrida no Monte dos Guararapes é retratada
Brasão holandês da Batalha dos Guararapes
Em 26 de janeiro de 1654, o comandante holandês Sigismundo Von Schkopp assinava a rendição na Campina do Taborba. Terminava a ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, depois de 24 anos.
O Brasil pode não ter tido a chance de que, em seu litoral nordestino, fosse desenvolvida uma colonização de povoamento como aconteceu nos Estados Unidos. Porém, o domínio holandês por duas décadas e meia, e a luta para expulsá-los tiveram significativas conseqüências para o Brasil:
1 - Colaboraram para a urbanização na região litorânea. O Recife holandês tornou-se um dos mais importantes centros urbanos em todo o Brasil.
2 - Favoreceram a manutenção da unidade territorial da colônia, e contribuíram decisivamente para o desenvolvimento do sentimento nacional.
3 - Promoveram uma união mais efetiva entre os elementos étnicos formadores do povo brasileiro, unidos na causa comum de combater os invasores, e permitiram a realização de uma experiência social, que foi o nascimento da sociedade urbana de Recife, bem diferente da sociedade rural típica do Nordeste canavieiro.
De uma forma ou de outra, se a ocupação holandesa não conseguiu criar por aqui uma nação separada do Brasil, que hoje poderia ter os moldes dos países desenvolvidos do primeiro mundo, ela foi eficaz para o surgimento de um sentimento de unidade nacional que se solidificou e originou o que hoje se observa nos mapas como a expressão territorial geográfica unida que consolidou o Brasil.
1 - Colaboraram para a urbanização na região litorânea. O Recife holandês tornou-se um dos mais importantes centros urbanos em todo o Brasil.
2 - Favoreceram a manutenção da unidade territorial da colônia, e contribuíram decisivamente para o desenvolvimento do sentimento nacional.
3 - Promoveram uma união mais efetiva entre os elementos étnicos formadores do povo brasileiro, unidos na causa comum de combater os invasores, e permitiram a realização de uma experiência social, que foi o nascimento da sociedade urbana de Recife, bem diferente da sociedade rural típica do Nordeste canavieiro.
De uma forma ou de outra, se a ocupação holandesa não conseguiu criar por aqui uma nação separada do Brasil, que hoje poderia ter os moldes dos países desenvolvidos do primeiro mundo, ela foi eficaz para o surgimento de um sentimento de unidade nacional que se solidificou e originou o que hoje se observa nos mapas como a expressão territorial geográfica unida que consolidou o Brasil.