Por Cássio Ribeiro
Para o entendimento do que foi a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, ocorrida em 1922, é necessário compreender primeiro os moldes republicanos implantados no Brasil a partir de 1889, quando o Império teve fim em nosso país, como também compreender o cenário político brasileiro no início da década de 1920.
A
Primeira República ou República Velha foi instaurada em 1889, graças à
aliança entre militares e fazendeiros de café. A classe militar desejava
a implantação de um regime republicano representado por um poder
centralizado e forte. Já os grandes cafeicultores queriam um sistema
republicano federalista, onde cada estado teria autonomia econômica,
como também uma administração política regionalizada.
Como os fazendeiros de café formavam a classe mais rica da sociedade brasileira naquela época, não foi difícil suas aspirações serem implantadas nos moldes políticos brasileiros da República Velha.
Dos 13 presidentes que o Brasil teve no período da República Velha (1889-1930), só 3 eram militares. Quase todos os 10 presidentes civis que governaram o Brasil naquele período eram bacharéis em direito formados pela Faculdade de Direito de São Paulo, onde havia também uma sociedade maçônica secreta, da qual todos os ex-presidentes civis também faziam parte.
Como os fazendeiros de café formavam a classe mais rica da sociedade brasileira naquela época, não foi difícil suas aspirações serem implantadas nos moldes políticos brasileiros da República Velha.
Dos 13 presidentes que o Brasil teve no período da República Velha (1889-1930), só 3 eram militares. Quase todos os 10 presidentes civis que governaram o Brasil naquele período eram bacharéis em direito formados pela Faculdade de Direito de São Paulo, onde havia também uma sociedade maçônica secreta, da qual todos os ex-presidentes civis também faziam parte.
A primeira
bandeira adotada após a proclamação da Repúlica já deixava claro nossa
aproximação ideológica com o sistema republicano norte-americano.
Idealizada pelo republicano positivista Rui Barbosa, essa bandeira
vigorou só por 5 dias, de 15 a 19 de novembro de 1889, quando foi
adotada a bandeira brasileira atual
Outra
característica marcante da República Velha, que a fez também ficar
conhecida como a República do "Café com Leite", foi a alternância no
poder presidencial entre mineiros e paulistas, garantida em suas bases
pela "Política dos Governadores". Nela, o presidente da república
apoiava os governadores estaduais e seus aliados, que garantiam a
eleição de deputados e senadores fiéis ao presidente. Não havia assim,
conflito entre o Congresso Nacional e os interesses dos presidentes
mineiros e paulistas na República Velha.
No fundo, pode-se dizer que a República Velha era uma repetição dos moldes administrativos do Império. No lugar da Família Real, os ricos fazendeiros mineiros e paulistas se sucediam no poder da República do "Café com Leite".
No meio dessa sucessão presidencial entre representantes de Minas e São Paulo, que eram os dois estados mais ricos da Federação, o marechal Hermes da Fonseca foi eleito para governar o Brasil entre 1910 e 1914, sendo um presidente militar no meio da hegemônica alternância entre ricos fazendeiros mineiros e paulistas. Hermes da Fonseca era sobrinho do marechal Deodoro da Fonseca, que proclamou a República no Brasil, em 15 de novembro de 1889, e foi o primeiro presidente nacional.
Marechal
Hermes da Fonseca: um presidente militar no meio da sucessão
presidencial monopolizada por fazendeiros paulistas e mineiros
Nas eleições de
1910, São Paulo e Bahia apoiaram Rui Barbosa por meio da "Campanha
Civilista", que associava Hermes da Fonseca ao militarismo. O Marechal
Hermes venceu mas, ao fim de seu mandato, em 1914, a antiga política de
divisão do poder entre as oligarquias paulista e mineira foi retomada.
Entre 1914 e 1918, o Brasil foi governado pelo mineiro Venceslau Brás e, de 1918 até 1919, pelo também mineiro Delfim Moreira. A partir de 1919, até 1922, o paraibano Epitácio Pessoa presidiu o Brasil, e foi pouco antes de sua sucessão, em 1922, que aconteceu a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana.
Entre 1914 e 1918, o Brasil foi governado pelo mineiro Venceslau Brás e, de 1918 até 1919, pelo também mineiro Delfim Moreira. A partir de 1919, até 1922, o paraibano Epitácio Pessoa presidiu o Brasil, e foi pouco antes de sua sucessão, em 1922, que aconteceu a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana.
Epitácio Pessoa: o presidente que teve que enfrentar a Revolta dos 18 do Forte
Na campanha para a sucessão
presidencial de 1922, Minas e São Paulo apoiavam o mineiro Artur
Bernardes como o próximo representante da política do "Café com Leite". O
Exército, na oposição contra os fazendeiros dominantes, deu apoio ao
candidato carioca Nilo Peçanha, que representava a "Reação Republicana"
formada por uma coligação entre Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e
Rio de Janeiro.
O cenário político brasileiro começou a ferver quando o jornal Correio da Manhã publicou na edição de 9 de outubro de 1921, uma carta manuscrita atribuída ao candidato dos fazendeiros, Artur Bernardes. Na carta, o ex-presidente marechal Hermes da Fonseca foi classificado como um "sargentão sem compostura", e o Exército chamado de "antro de corruptos".
O cenário político brasileiro começou a ferver quando o jornal Correio da Manhã publicou na edição de 9 de outubro de 1921, uma carta manuscrita atribuída ao candidato dos fazendeiros, Artur Bernardes. Na carta, o ex-presidente marechal Hermes da Fonseca foi classificado como um "sargentão sem compostura", e o Exército chamado de "antro de corruptos".
O
mineiro Artur Bernardes, a quem foi atribuída a autoria da carta
injuriosa contra Hermes da Fonseca e o Exército. A suposta carta acabou
desencadeando a Revolta dos 18 do Forte
Artur Bernardes venceu as eleições de
março de 1922 sob forte acusação de fraude eleitoral. Aliás, durante a
República Velha, era comum as oligarquias rurais garantirem a eleição de
seus candidatos por meio do voto de cabresto e da fraude eleitoral. Não
havia justiça eleitoral e o Presidente da República podia legalizar
qualquer resultado que atendesse aos seus interesses, graças ao controle
que exercia sobre as comissões de verificação das eleições.
Nesse cenário, que garantia o domínio do país pelos fazendeiros paulistas e mineiros, além da concentração populacional nas zonas rurais e intensa miséria nos meios urbanos, o povo saiu às ruas para protestar e exigir mudanças. O Exército foi convocado para conter rebeliões populares em Pernambuco. Em 29 de junho e 1922, o marechal Hermes da Fonseca, que era a mais alta patente do Exército na ocasião, enviou uma mensagem de telégrafo ao Recife dando a ordem para que os militares não reprimissem o povo. O marechal Hermes acabou preso em 2 de julho por ordem do presidente Epitácio Pessoa. O Clube Militar, que era presidido pelo marechal Hermes, também foi fechado.
O sentimento de afronta tomou conta das fileiras do Exército. O clima esquentou ainda mais quando o presidente Epitácio Pessoa nomeou o historiador e civil Pandiá Calógeras para o cargo de Ministro da Guerra.
O Forte de Copacabana era comandado na ocasião pelo capitão Euclides Hermes da Fonseca, que era filho do ex-presidente preso, marechal Hermes da Fonseca. Em julho de 1922, o Forte de Copacabana tinha 301 homens sob o comando do capitão Euclides Hermes.
No dia 4 de julho de 1922, os soldados do Forte cavaram trincheiras e minaram o terreno do interior do quartel em Copacabana. Todos os quartéis do Exército no Rio de Janeiro se rebelariam contra o presidente Epitácio Pessoa e seu sucessor, Artur Bernardes. A revolta começaria pelo Forte de Copacabana que, na madrugada do dia 5 de julho de 1922, iria disparar um tiro de canhão como senha para o início do levante. Os outros quartéis deveriam responder ao primeiro tiro do Forte de Copacabana logo em seguida.
Conforme o combinado, à 1h30 da madrugada do dia 5 de julho de 1922, o tenente Siqueira Campos disparou um dos canhões do Forte de Copacabana. A resposta dos outros quartéis não aconteceu e nada mais que o silêncio foi ouvido em seguida. O tenente Siqueira Campos esperou 10 minutos e gritou bem alto dentro do Forte: "Fomos traídos!"
Nesse cenário, que garantia o domínio do país pelos fazendeiros paulistas e mineiros, além da concentração populacional nas zonas rurais e intensa miséria nos meios urbanos, o povo saiu às ruas para protestar e exigir mudanças. O Exército foi convocado para conter rebeliões populares em Pernambuco. Em 29 de junho e 1922, o marechal Hermes da Fonseca, que era a mais alta patente do Exército na ocasião, enviou uma mensagem de telégrafo ao Recife dando a ordem para que os militares não reprimissem o povo. O marechal Hermes acabou preso em 2 de julho por ordem do presidente Epitácio Pessoa. O Clube Militar, que era presidido pelo marechal Hermes, também foi fechado.
O sentimento de afronta tomou conta das fileiras do Exército. O clima esquentou ainda mais quando o presidente Epitácio Pessoa nomeou o historiador e civil Pandiá Calógeras para o cargo de Ministro da Guerra.
O Forte de Copacabana era comandado na ocasião pelo capitão Euclides Hermes da Fonseca, que era filho do ex-presidente preso, marechal Hermes da Fonseca. Em julho de 1922, o Forte de Copacabana tinha 301 homens sob o comando do capitão Euclides Hermes.
No dia 4 de julho de 1922, os soldados do Forte cavaram trincheiras e minaram o terreno do interior do quartel em Copacabana. Todos os quartéis do Exército no Rio de Janeiro se rebelariam contra o presidente Epitácio Pessoa e seu sucessor, Artur Bernardes. A revolta começaria pelo Forte de Copacabana que, na madrugada do dia 5 de julho de 1922, iria disparar um tiro de canhão como senha para o início do levante. Os outros quartéis deveriam responder ao primeiro tiro do Forte de Copacabana logo em seguida.
Conforme o combinado, à 1h30 da madrugada do dia 5 de julho de 1922, o tenente Siqueira Campos disparou um dos canhões do Forte de Copacabana. A resposta dos outros quartéis não aconteceu e nada mais que o silêncio foi ouvido em seguida. O tenente Siqueira Campos esperou 10 minutos e gritou bem alto dentro do Forte: "Fomos traídos!"
Cúpula do canhão alemão Krupp do Forte de Copacabana, apontado para a cidade do Rio de Janeiro, no detalhe
Os canhões
Krupp do Forte foram trazidos da Alemanha pela Marinha do Brasil.
Desembarcados por guindastes elétricos de 80 toneladas, os canhões Krupp
do Forte de Copacabana são 6 no total: dois de 305 milímetros, dois de
190 mílimetros e dois de 75 milímetros, com alcances de 23, 18 e 7
quilômetros respectivamente
O Governo tinha
informações antecipadas sobre a revolta e mudou os comandos militares do
Rio de Janeiro antes do início do levante. Só a Escola Militar de
Realengo, onde eram formados os novos tenentes, e alguns quartéis da
Vila Militar, precisaram ser contidos no amanhecer do dia 5 de julho. No
demais, apenas os 302 homens do Forte de Copacabana estavam rebelados
sozinhos contra a República Velha Brasileira naquela manhã.
O
tenente Siqueira Campos então fez vários disparos de canhão. Os alvos
foram o Quartel-General do Exército no Campo de Santana, o
Quartel-General da Marinha na Praça Barão de Ladário, o Depósito Naval
na Ilha das Cobras, O Forte de São João na Urca, a Fortaleza de Santa
Cruz em Niterói e o Forte do Vigia, que ficava no alto do morro do Leme,
e onde morreram quatro pessoas, vítimas dos disparos feitos a partir do
Forte de Copacabana.
O
Forte de Copacabana também foi severamente bombardeado pelas tropas do
Exército fiéis à República Velha, durante todo o dia 5 de julho. A
fortaleza de Santa Cruz, do outro lado da entrada da Baía de Guanabara,
em Niterói, despejava todo o potencial de sua artilharia pesada sobre o
Forte de Copacabana. Os amotinados, liderados pelo capitão Euclides
Hermes, ameaçavam bombardear toda a cidade do Rio de Janeiro.
Vista aérea do Forte de Copacabana por dois ângulos: com o morro Dois Irmãos e a Pedra da Gávea ao longe ...
e com águas calmas ao redor e a praia de Copacabana à direita
Já na madrugada do
dia 6 de julho, o Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras, fez uma ligação
telefônica para o Forte de Copacabana, ordenando a rendição imediata
dos rebelados. O Capitão Euclides Hermes e o Tenente Siqueira Campos
resolvem deixar sair todos os homens que desejassem se render.
Siqueira Campos diria na ocasião: "Não temos o apoio de ninguém, perdemos a revolução. Não vou enganar ninguém, perdemos a revolução e só nos restam dois caminhos. O primeiro é nos entregarmos como covardes, e o segundo é sairmos por aí lutando até não podermos mais e morrer ou conseguir chegar até o Catete para dizer ao presidente da República do nosso repúdio. Mas também não quero levar ninguém ao suicídio. Quem quiser abandonar o forte, ainda está em tempo."
Foram dados 10 minutos de prazo para a decisão dos homens. Quem optasse por lutar, deveria ficar de um lado do quartel. Os outros poderiam sair do Forte. Os portões do Forte foram abertos e, dos 302 homens amotinados, 273 optaram pela rendição.
Um destróier e os couraçados São Paulo e Minas Gerais reforçaram o bombardeio ao Forte, onde ainda resistiam o capitão Euclides Hermes e seus 28 fiéis comandados. O ministro Calógeras deu outro telefonema ao Forte de Copacabana e exigiu a rendição incondicional, afirmando que, em caso contrário, todos os rebeldes seriam massacrados.
O capitão Euclides Hermes deixou o Forte e foi ao encontro do ministro Calógeras para conversar pessoalmente, mas, ao chegar no Palácio do Catete, onde estava o Ministro, foi preso imediatamente.
No Forte de Copacabana, ainda estavam 28 rebelados. O Tenente Siqueira Campos tomou então a decisão histórica: sair numa marcha suicida pela Avenida Atlântica rumo ao Palácio do Catete, a fim de concluir e deposição do Presidente Epitácio Pessoa.
Antes de saírem do Forte de Copacabana, os militares usaram um canivete para dividirem entre si uma bandeira do Brasil em 29 pedaços. Cada um colocou seu pedaço junto ao peito, preso na parte interna da farda. Um dos pedaços foi guardado para ser entregue ao capitão Euclides Hermes posteriormente.
Os portões do Forte de Copacabana foram abertos às 13 horas do dia 6 de julho de 1922. A histórica marcha suicida pela Avenida Atlântica teve inicio com 28 militares rebeldes armados com seus fuzis. Alguns debandaram, outros foram presos, esse e aquele morreu baleado. Curiosamente, o engenheiro civil gaúcho Otávio Correia, vestindo terno e chapéu, presenciava os combates e resolveu integrar-se ao levante. Pegou um fuzil e se juntou aos 18 militares revoltosos que ainda resistiam.
Siqueira Campos diria na ocasião: "Não temos o apoio de ninguém, perdemos a revolução. Não vou enganar ninguém, perdemos a revolução e só nos restam dois caminhos. O primeiro é nos entregarmos como covardes, e o segundo é sairmos por aí lutando até não podermos mais e morrer ou conseguir chegar até o Catete para dizer ao presidente da República do nosso repúdio. Mas também não quero levar ninguém ao suicídio. Quem quiser abandonar o forte, ainda está em tempo."
Foram dados 10 minutos de prazo para a decisão dos homens. Quem optasse por lutar, deveria ficar de um lado do quartel. Os outros poderiam sair do Forte. Os portões do Forte foram abertos e, dos 302 homens amotinados, 273 optaram pela rendição.
Um destróier e os couraçados São Paulo e Minas Gerais reforçaram o bombardeio ao Forte, onde ainda resistiam o capitão Euclides Hermes e seus 28 fiéis comandados. O ministro Calógeras deu outro telefonema ao Forte de Copacabana e exigiu a rendição incondicional, afirmando que, em caso contrário, todos os rebeldes seriam massacrados.
O capitão Euclides Hermes deixou o Forte e foi ao encontro do ministro Calógeras para conversar pessoalmente, mas, ao chegar no Palácio do Catete, onde estava o Ministro, foi preso imediatamente.
No Forte de Copacabana, ainda estavam 28 rebelados. O Tenente Siqueira Campos tomou então a decisão histórica: sair numa marcha suicida pela Avenida Atlântica rumo ao Palácio do Catete, a fim de concluir e deposição do Presidente Epitácio Pessoa.
Antes de saírem do Forte de Copacabana, os militares usaram um canivete para dividirem entre si uma bandeira do Brasil em 29 pedaços. Cada um colocou seu pedaço junto ao peito, preso na parte interna da farda. Um dos pedaços foi guardado para ser entregue ao capitão Euclides Hermes posteriormente.
Os portões do Forte de Copacabana foram abertos às 13 horas do dia 6 de julho de 1922. A histórica marcha suicida pela Avenida Atlântica teve inicio com 28 militares rebeldes armados com seus fuzis. Alguns debandaram, outros foram presos, esse e aquele morreu baleado. Curiosamente, o engenheiro civil gaúcho Otávio Correia, vestindo terno e chapéu, presenciava os combates e resolveu integrar-se ao levante. Pegou um fuzil e se juntou aos 18 militares revoltosos que ainda resistiam.
A histórica
foto da marcha final dos rebelados do Forte de Copacabana. O civil
Otávio Correia é o quarto da esquerda para direita. Esta foto, que é um dos maiores registros da História do Brasil em todos os tempos, foi feita pelo fotógrafo Zenóbio Rodrigo Couto, que, na ocasião, arriscou a própria vida para imortalizar a cena. Zenóbio era fotógrafo do antigo jornal carioca "O Malho"
Outro
registro da histórica caminhada suicida rumo ao combate final com as
tropas do Exército leais ao presidente Epitácio Pessoa
Os últimos tiroteios
duraram cerca de meia hora. Cercados por 3 mil homens do Exército, já
nas proximidades do Leme, os 18 militares e o civil foram sendo abatidos um a
um. Só os dois últimos, os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes,
foram capturados baleados mas sobreviveram.
O jornalista Assis Chateaubriand (1892-1968) acompanhou o episódio e escreveria posteriormente: "Na praia eu assisti de perto os últimos combates, e pude ver a areia ainda quente, embebida do sangue dos bravos que sucumbiram de um lado e de outro".
Da histórica Revolta dos 18 do Forte de Copacabana nasceria um movimento militar que influenciaria na vida política brasileira por 4 décadas depois dos anos 20, o Tenentismo.
Oito anos mais tarde, em 1930, os tenentes apoiaram Getúlio Vargas na derrubada da República Velha. Nascia assim a República Nova de Vargas. Alguns historiadores afirmam que o Tenentismo e suas idéias permaneceram até a década de 1970, quando seus últimos representantes morreram.
Não se pode deixar de lembrar aqui que muitos dos generais que conspiraram para depor o presidente João Goulart no Golpe Militar de 1964, eram os tenentes das décadas de 20 e 30 que "amadureceram" e, finalmente, ao atingirem o generalato, calaram covardemente o Brasil, torturando, enforcando e sufocando sua democracia.
O jornalista Assis Chateaubriand (1892-1968) acompanhou o episódio e escreveria posteriormente: "Na praia eu assisti de perto os últimos combates, e pude ver a areia ainda quente, embebida do sangue dos bravos que sucumbiram de um lado e de outro".
Da histórica Revolta dos 18 do Forte de Copacabana nasceria um movimento militar que influenciaria na vida política brasileira por 4 décadas depois dos anos 20, o Tenentismo.
Oito anos mais tarde, em 1930, os tenentes apoiaram Getúlio Vargas na derrubada da República Velha. Nascia assim a República Nova de Vargas. Alguns historiadores afirmam que o Tenentismo e suas idéias permaneceram até a década de 1970, quando seus últimos representantes morreram.
Não se pode deixar de lembrar aqui que muitos dos generais que conspiraram para depor o presidente João Goulart no Golpe Militar de 1964, eram os tenentes das décadas de 20 e 30 que "amadureceram" e, finalmente, ao atingirem o generalato, calaram covardemente o Brasil, torturando, enforcando e sufocando sua democracia.
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