Fernanda Toffuli
Saia na rua. Olhe em todos os corpos circulando entre calçadas e avenidas, em qualquer lugar; possivelmente em algum deles estará uma obra de arte desenhada. Essa arte é a tatuagem, que não é uma novidade em nossos dias.
Essa obra de arte tem início muito antes da nossa época, sendo encontrada desde os primórdios da civilização como forma de identificação pessoal - seja no caso de tibos nativas da Polinésia e Nova Guiné, ou no caso da atualidade, no século 21, em que se liga à estética artística.
O único problema que existe sobre essa arte manual de fazer dermopigmentação na pele com tintas e o uso de agulhas é o preconceito, presente ainda hoje na sociedade.
Esse preconceito existe desde a Idade Média, na qual religiosos não viam com bons olhos a perpetuação de culturas diferentes, já que os desenhos simbolizavam uma crença diferente da estabelecida, norteada pela moral judaico cristã, e também figurou tal preconceito na idade Moderna, com a propagação de tatuagens de marinheiros, feitas em locais onde existiam boemia e prostituição.
Tatuagens de um preso na década de 70
O preconceito chegou, assim, até os dias de hoje. Mesmo com a modernização da tatuagem, as pessoas ainda hoje sofrem um pouco de preconceito, começando ainda dentro de casa: "minha mãe prefere que eu seja um tatuador a um tatuado", comenta Fabrício Rodrigo da Silva Castro, 32, tatuador, de Taubaté SP.
Mas nem tudo é preconceito, uma vez que muitas pessoas - em especial as mais jovens - estão aderindo fácil a essa arte, principalmente pela beleza e identificação que ela propicia: "eu sempre gostei de tatuagens e vi que os desenhos valorizavam ainda mais a dança. Tatuagem é tudo de bom, um traço marcante de personalidade e um charme a mais para quem gosta", diz Vera Borges, 40, dançarina de dança do ventre.
Mas nem tudo é preconceito, uma vez que muitas pessoas - em especial as mais jovens - estão aderindo fácil a essa arte, principalmente pela beleza e identificação que ela propicia: "eu sempre gostei de tatuagens e vi que os desenhos valorizavam ainda mais a dança. Tatuagem é tudo de bom, um traço marcante de personalidade e um charme a mais para quem gosta", diz Vera Borges, 40, dançarina de dança do ventre.
Vera Borges
Como toda obra de arte, a tatoo também merece atenção por parte dos apreciadores e cuidados especiais de conservação: "deve-se evitar carne de porco, alimentos gordurosos e tomar sol, sendo também necessário o cuidado com a limpeza local, para uma boa cicatrização e permanência do desenho na pele", explica Fábio Rodrigo Caetano Matilde, conhecido como "Batata", 31, tatuador de Taubaté SP.
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Fernanda Toffuli é jornalista formada pela Unitau (Universidade de Taubaté) e pós graduada na mesma instituição em Assessoria, Gestão da comunicação e Marketing. Também é ativista na causa da Proteção Animal.