Fernanda Toffuli (texto)
Cássio Ribeiro (fotos)
Quem passa pelo Mercado Municipal de Taubaté
SP, no Vale do Paraíba paulista, muitas vezes, não nota a história rica e cheia
de detalhes que se esconde atrás das bancas, das pessoas, dos aromas e dos
sons, sendo que tudo isso se iniciou há muito tempo, na época em que Taubaté ainda não
era considerada uma cidade.
Com a passagem das bandeiras, que eram
formadas pelos desbravadores do Brasil colônia – os bandeirantes paulistas -
pelo Vale do Paraíba, a região do tanque em Taubaté foi drenada e ficou sendo ponto
de encontro dos mercadores vindos de outras regiões para comercializarem os
produtos.
As várias expedições ou bandeiras partiam da pequena Vila de São Paulo, que, na época, possuía apenas algumas centenas de habitantes.
Seus integrantes, chamados de bandeirantes, como os pioneiros Jacques Felix, Fernão Dias e Domingos Jorge Velho (à esquerda na ilustração acima) eram mestiços de portugueses com índios e utilizavam os caminhos milenares abertos pelos indígenas, além de suas técnicas de sobrevivência nos desconhecidos lugares que desbravavam.
Seus integrantes, chamados de bandeirantes, como os pioneiros Jacques Felix, Fernão Dias e Domingos Jorge Velho (à esquerda na ilustração acima) eram mestiços de portugueses com índios e utilizavam os caminhos milenares abertos pelos indígenas, além de suas técnicas de sobrevivência nos desconhecidos lugares que desbravavam.
As principais atividades iniciais dos
bandeirantes foram, de bacamartes em punho, a ampliação das fronteiras do que
hoje se chama Brasil e a caça e captura de índios nos sertões de São Paulo e
Minas Gerais.
Na região de Taubaté, onde hoje fica o Mercado Municipal, eram vendidos e trocados índios como escravos e muitos tipos de mercadorias, tudo isso na segunda metade do século 17, lá pelos anos mil seiscentos e alguma coisa. Era o período em que ocorria a formação e a consolidação das origens culturais brasileiras.
Na região de Taubaté, onde hoje fica o Mercado Municipal, eram vendidos e trocados índios como escravos e muitos tipos de mercadorias, tudo isso na segunda metade do século 17, lá pelos anos mil seiscentos e alguma coisa. Era o período em que ocorria a formação e a consolidação das origens culturais brasileiras.
Hoje, a antiga região do tanque tem o nome de
“Largo do Mercado”.
“Ali, entre as pessoas conversando, se tem o maior negócio de
gado vivo feito na região; ali as pessoas conversando perto das pastelarias
estão vendendo cinquenta cabeças de boi, então você tem dentro do mercado as
almas que se movem, e, ele passa a ser um ponto turístico, tendo
características próprias, e estando presente nos momentos de alegria e tristeza
das pessoas”, observa o professor de literatura
brasileira e portuguesa da Universidade de Taubaté (UNITAU), senhor Carlos Roberto Rodrigues.
Com o passar do tempo, o fluxo de mercadorias
aumentou tanto em Taubaté como nas outras cidades da região do Vale do Paraíba,
sendo que a economia do município taubateano começou a girar em torno do mercado.
Atualmente, os feirantes têm uma associação
que os beneficiam, tanto para reivindicar direitos, como para promover os
produtos e os preços do mercado.
Socialmente, o mercado ainda é a mistura de
gerações e ainda permanece como ponto de encontro de conversas e troca de
experiências, sendo que a grande maioria das bancas são passadas de pai para
filho, perpetuando a história e gerando ainda grande parte da economia local.